A Incerteza do movimento de uma bola Oval
"¿Qué clase de mundo es éste que puede mandar máquinas a Marte y no hace nada para detener el asesinato de un ser humano?" José Saramago
Jorge Jesus e a equipa do Benfica perdem a final por culpa própria.
Os jogos de futebol, jogam-se, ganham-se, perdem-se... mas não se controlam...
Os movimentos ascendestes, descendentes, transições, zonas de conforto, momentos ofensivos com posições defensivas avançadas, os momentos de controlar a bola na pose do adversário, os momentos de marcação individual ou «à zona»... o futebol é isto... não é controlar o resultado como posição dominante de uma equipa.
Faz hoje 14 anos, em 26/05/1999, deu-se o chamado «milagre de Barcelona». A final da Liga dos Campeões, foi jogada pelo Bayern de Munique contra o Manchester United. Aos 6 minutos, Basler marcou para os bávaros.
Durante 84 minutos, os alemães jogaram e controlaram o desespero dos vermelhos de Manchester.
O «milagre» começa aos 90 minutos. Teddy Sheringham e Ole Gunnar Solksjaer, acabados de entrar, em 2 momentos (cantos) ofensivos com toda a carne no ataque, dão a volta ao resultado.
Fica para a história o veneno que o Jorge Jesus vive neste momento e nesta época.
O momento de fazer o 2 a 0, é eternamente adiado com trocas de bola a meio campo.
Os resaltos, as bolas mal despachadas, a falta de pernas, a incapacidade mental, a falta de voz de comando em campo, levou à coincidência de 2 bolas à baliza.
O futebol é isto.... ataque, marcar, ataque, marcar.... a imprevisibilidade do resultado dá a este veneno, a este desporto, a este vício momento de 90 minutos caracteristicas irracionais... a quente tomam-se atitudes e decisões... hoje os bestiais do antes Estoril Praia são as veneradas bestas do pós Vitória SC e do durante Chelsea....
E agora, meses e meses em azia e agonia... para o ano há mais... quem faz as promessas?
Luis Filipe Vieira ou Jorge Jesus?
Qual dos dois pode prometer o para o ano é que é?
Como LFVieira não abandona o barco, o elo mais fraco é Jorge Jesus. Este parece de pedra e cal, numa estranha gestão dúbia de renovação do contrato.
Estatísticamente, em 6.000.000 de benfiquistas existem tantas verdades e reações em final de época.
Amanhã, existirão outras mais frias.
Vão as férias arrefecer as opiniões camufladas ao mesmo tempo com chegada de carradas de nomes... em Agosto, lembraremos o quão penoso e difícil foi esta época, alimentada com a ideia de que é importante chegar às decisões...
No futebol, neste vício das sociedades ocidentais, já que para as américas do norte os desportos teem que ter pontos em barda, os animos renovam-se mais depressa que as forças anímicas individuais... para o ano há mais... mas eu gosto de sangue e ajustes de contas... chegou a hora de se servir numa bandeja a cabeça de alguém... a de Rui Costa já tinha sido decapitada... agora aposto na de Carraça