A Incerteza do movimento de uma bola Oval "¿Qué clase de mundo es éste que puede mandar máquinas a Marte y no hace nada para detener el asesinato de un ser humano?" José Saramago
Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008
Afinal de contas também sou uma lapa....

O Presidente do COI nacional, já deu o dito por não dito.

Afinal de contas se houver uma vaga de fundo de várias federações nacionais, talvez 3 ou 4 (digo eu), devidamente encomendadas (também digo eu)... talvez, quase de certeza se irá recandidatar-se....

Qual lapa....



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Campeão Olimpico

Os deuses do Olimpo, consagraram o 4.º atleta nacional com uma medalha maior.

Carlos Lopes com o seu, ainda, record da maratona, e já lá vão 24 anos.

Depois, Rosa Mota, também na maratona, em Seul88, há 20 anos.

Fernanda Ribeiro, nos 10.000 mts.

Agora, Nélson Évora, nascido na Costa do Marfim, filho de pais Cabo verdianos, em Portugal desde os 5 anos.

Fez uma prova, onde tomou de inicio a dianteira. A meio cai para medalha de bronze, e faz de seguida um salto histórico - 17,67 metros.

Parabens



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Terça-feira, 19 de Agosto de 2008
Jogos Olimpicos - O rescaldo

Ainda não terminou o evento, e já os Lusos, ávidos em saborear «a cabeça» decepada de outros, deixaram cair a lamina sobre o pescoço de mais um...

Agora a sorte, colhou no Presidente Lusitano do COI.

Já se fazem contas, sobre contas prometidas.

 



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José Saramago terminou um novo livro. Chama-se A viagem do elefante.

 

Mensagem de Pilar del Rio

 

 

 

José Saramago terminou um novo livro. Chama-se A viagem do elefante.


Queridas amigas, queridos amigos,


Escrevê-lo não foi um passeio ao campo: Saramago lançou-se a esta tarefa quando estava incubando uma doença que tardou meses a deixar-se identificar e que acabou por manifestar-se com uma virulência tal que nos fez temer pela sua vida. Ele próprio, no hospital, chegou a duvidar que pudesse terminar o livro. Não obstante, sete meses depois, Saramago, restabelecido e com novas energias, pôs o ponto final numa narração que a ele não lhe parece romance, mas conto, o qual descreve a viagem, ao mesmo tempo épica, prosaica e jovial, de um elefante asiático chamado Salomão, que, no século XVI, por alguns caprichos reais e absurdos desígnios teve de percorrer mais de metade da Europa.
A viagem do elefante é um livro coral onde as personagens entram, saem e se renovam de acordo com as peculiares exigências narrativas que o autor se impôs e lhes impôs. O elefante e o seu cornaca têm nome, como outras personagens que figuram nos manuais de história, embora apareçam também pessoas anónimas, gente com quem os membros da caravana se vão cruzando e com quem partilham perplexidades, esforços, ou a harmoniosa alegria de um tecto depois de tantas noites dormidas à intempérie.
Apesar de não se tratar de um livro volumoso, andará pelas 240 páginas, poderemos reconhecer nelas a imaginação de Saramago, a compaixão solidária, esse sentimento que, sendo expressado literariamente, é sobretudo humano. Ele atravessa toda a obra, distingue-a e significa-a. Encontraremos igualmente o humor que o escritor emprega para salvar-se a si mesmo e para que o leitor possa penetrar no labirinto de humanidades em conflito sem ter de abjurar da sua condição indagadora de humano e leitor. Como sempre, encontrar-nos-emos com a ironia, o sarcasmo, a beleza em estado puro, a responsabilidade de escrever, a felicidade de ter escrito.
Saramago oferece-nos um novo livro. Que não é um livro histórico, embora trate de algo que está na história, ou, para ser mais rigoroso, na pequena história, embora intervenham personagens que tiveram vida real e que agora voltam a ter nova ocasião ao pôr-se a conviver com outras procedentes da imaginação do escritor e, todos juntos, habitar as mesmas páginas, ainda que nem sempre as mesmas peripécias. Quando lerdes o livro sabereis a que me refiro. A viagem do elefante está pontuado de acordo com as regras de Saramago, os diálogos intercalam-se na narração, um todo que o leitor tem de organizar de acordo com a sua própria respiração. O leitor, esse ser fundamental que Saramago considera e respeita e a quem continuamente interpela, seja adiantando-lhe consequências de certos actos ou recordando-lhe outros, implicando-o no texto, porque escrever, como ler, não são acções inocentes, são tentativas para forçar a inteligência a ir um pouco mais longe, mais além de Viena, de Valladolid ou de Lisboa, mais além do que éramos ao acordar de manhã e encontrar-nos com mais um dia pela frente.
Queridas amigas, queridos amigos, com estas linhas apenas pretendi dar a notícia de que vamos ter um novo livro de Saramago para incorporar na nossa vida de leitores. Não vos decepcionará, pelo contrário, ireis lê-lo, estou certa, com a mesma emoção com que foi escrito e sobrevooa cada linha, cada palavra. Não é um livro mais, é o livro que estávamos esperando e que chegou a bom porto, o leitor. Salomão, o elefante, não teve tanta sorte, mas disso não falarei, aguardemos o Outono, e então sim: aí, em vários idiomas simultaneamente, poderemos comentar páginas, aventuras, desenlaces. Os materiais da ficção, que são também os da vida.
A todos, um abraço e felicidades.
Pilar



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Fragmento de «A Viagem do Elefante»

 

   Não há vento, porém a névoa parece mover-se em lentos turbilhões como se o próprio bóreas, em pessoa, a estivesse soprando desde o mais recôndito norte e dos gelos eternos. O que não está bem, confessemo-lo, é que, em situação tão delicada como esta, alguém se tenha posto aqui a puxar o lustro à prosa para sacar alguns reflexos poéticos sem pinta de originalidade. A esta hora os companheiros da caravana já deram com certeza pela falta do ausente, dois deles declararam-se voluntários para voltar atrás e salvar o desditoso náufrago, e isso seria muito de agradecer se não fosse a fama de poltrão que o iria acompanhar para o resto da vida, Imaginem, diria a voz pública, o tipo ali sentado, à espera de que aparecesse alguém a salvá-lo, há gente que não tem vergonha nenhuma. É verdade que tinha estado sentado, mas agora já se levantou e deu corajosamente o primeiro passo, a perna direita adiante, para esconjurar os malefícios do destino e dos seus poderosos aliados, a sorte e o acaso, a perna esquerda de repente duvidosa, e o caso não era para menos, pois o chão deixara de poder ver-se, como se uma nova maré de nevoeiro tivesse começado a subir. Ao terceiro passo já não consegue nem sequer ver as suas próprias mãos estendidas à frente, como para proteger o nariz do choque contra uma porta inesperada. Foi então que uma outra ideia se lhe apresentou, a de que o caminho fizesse curvas para um lado ou para o outro, e que o rumo que tomara, uma linha que não queria apenas ser recta, uma linha que queria também manter-se constante nessa direcção, acabasse por conduzi-lo a páramos onde a perdição do seu ser, tanto da alma como do corpo, estaria assegurada, neste último caso com consequências imediatas. E tudo isto, ó sorte mofina, sem um cão para lhe enxugar as lágrimas quando o grande momento chegasse. Ainda pensou em voltar para trás, pedir abrigo na aldeia até que o banco de nevoeiro se desfizesse por si mesmo, mas, perdido o sentido de orientação, confundidos os pontos cardeais como se estivesse num qualquer espaço exterior de que nada soubesse, não achou melhor resposta que sentar-se outra vez no chão e esperar que o destino, a casualidade, a sorte, qualquer deles ou todos juntos, trouxessem os abnegados voluntários ao minúsculo palmo de terra em que se encontrava, como uma ilha no mar oceano, sem comunicações. Com mais propriedade, uma agulha em palheiro. Ao cabo de três minutos, dormia. Estranho animal é este bicho homem, tão capaz de tremendas insónias por causa de uma insignificância como de dormir à perna solta na véspera da batalha. Assim sucedeu. Ferrou no sono, e é de crer que ainda hoje estaria a dormir se salomão não tivesse soltado, de repente, em qualquer parte do nevoeiro, um barrito atroador cujos ecos deveriam ter chegado às distantes margens do ganges. Aturdido pelo brusco despertar, não conseguiu discernir em que direcção poderia estar o emissor sonoro que decidira salvá-lo de um enregelamento fatal, ou pior ainda, de ser devorado pelos lobos, porque isto é terra de lobos, e um homem sozinho e desarmado não tem salvação ante uma alcateia ou um simples exemplar da espécie. A segunda chamada de salomão foi mais potente ainda que a primeira, começou por uma espécie de gorgolejo surdo nos abismos da garganta, como um rufar de tambores, a que imediatamente se sucedeu o clangor sincopado que forma o grito deste animal. O homem já vai atravessando a bruma como um cavaleiro disparado à carga, de lança em riste, enquanto mentalmente implora, Outra  vez, salomão, por favor, outra  vez. E salomão fez-lhe a vontade, soltou novo barrito, menos forte, como de simples confirmação, porque o náufrago que era já deixara de o ser, já vem chegando, aqui está o carro da intendência da cavalaria, não se lhe podem distinguir os pormenores porque as coisas e as pessoas são como borrões indistintos, outra ideia se nos ocorreu agora, bastante mais incómoda, suponhamos que este nevoeiro é dos que corroem as peles, a da gente, a dos cavalos, a do próprio elefante, apesar de grossa, que não há tigre que lhe meta o dente, os nevoeiros não são todos iguais, um dia se gritará gás, e ai de quem não levar na cabeça uma celada bem ajustada. A um soldado que passa, levando o cavalo pela reata, o náufrago pergunta-lhe se os voluntários já regressaram da missão de salvamento e resgate, e ele respondeu à interpelação com um olhar desconfiado, como se estivesse diante de um provocador, que havê-los já os havia em abundância no século dezasseis, basta consultar os arquivos da inquisição, e responde, secamente, Onde é que você foi buscar essas fantasias, aqui não houve nenhum pedido de voluntários, com um nevoeiro destes a única atitude sensata foi a que tomámos, manter-nos juntos até que ele decidisse por si mesmo levantar-se, aliás, pedir voluntários não é muito do estilo do comandante, em geral limita-se a apontar tu, tu e tu, vocês, em frente, marche, o comandante diz que, heróis, heróis, ou vamos sê-lo todos, ou ninguém. Para tornar mais clara a vontade de acabar a conversa, o soldado içou-se rapidamente para cima do cavalo, disse até logo e desapareceu no nevoeiro. Não ia satisfeito consigo mesmo. Tinha dado explicações que ninguém lhe havia pedido, feito comentários para que não estava autorizado. No entanto, tranquilizava-o o facto de que o homem, embora não parecesse ter o físico adequado, deveria pertencer, outra possibilidade não cabia, pelo menos, ao grupo daqueles que haviam sido contratados para ajudar a empurrar e puxar os carros de bois nos passos difíceis, gente de poucos falares e, em princípio, escassíssima imaginação. Em princípio, diga-se, porque ao homem perdido no nevoeiro imaginação foi o que pareceu não lhe ter faltado, haja vista a ligeireza com que tirou do nada, do não acontecido, os voluntários que deveriam ter ido salvá-lo. Felizmente para a sua credibilidade pública, o elefante é outra coisa. Grande, enorme, barrigudo, com uma voz de estarrecer os tímidos e uma tromba como não a tem nenhum outro animal da criação, o elefante nunca poderia ser produto de uma imaginação, por muito fértil e dada ao risco que fosse. O elefante, simplesmente, ou  existiria, ou não existiria. É portanto hora de ir visitá-lo, hora de lhe agradecer a energia com que usou a salvadora trombeta que deus lhe deu, se este sítio fosse o vale de josafá teriam ressuscitado os mortos, mas sendo apenas o que é, um pedaço bruto de terra portuguesa afogado pela névoa onde alguém (quem) esteve a ponto de morrer de frio e abandono, diremos, para não perder de todo a trabalhosa comparação em que nos metemos, que há ressurreições tão bem administradas que chega a ser possível executá-las antes do passamento do próprio sujeito. Foi como se o elefante tivesse pensado, Aquele pobre diabo vai morrer, vou ressuscitá-lo. E aqui temos o pobre diabo desfazendo-se em agradecimentos, em juras de gratidão para toda a vida, até que o cornaca se decidiu a perguntar, Que foi que o elefante lhe fez para que você lhe esteja tão agradecido, Se não fosse ele, eu teria morrido de frio ou teria sido comido pelos lobos, E como conseguiu ele isso, se não saiu daqui desde que acordou, Não precisou de sair daqui, bastou-lhe soprar na sua trombeta, eu estava perdido no nevoeiro e foi a sua voz que me salvou, Se alguém pode falar das obras e feitos de salomão, sou eu, que para isso sou o seu cornaca, portanto não venha para cá com essa treta de ter ouvido um barrito, Um barrito, não, os barritos que estas orelhas que a terra há-de comer ouviram foram três. O cornaca pensou, Este fulano está doido varrido, variou-se-lhe a cabeça com a febre do nevoeiro, foi o mais certo, tem-se ouvido falar de casos assim, Depois, em voz alta, Para não estarmos aqui a discutir, barrito sim, barrito não, barrito talvez, pergunte você a esses homens que aí vêm se ouviram alguma coisa. Os homens, três vultos cujos difusos contornos pareciam oscilar e tremer a cada passo, davam imediata vontade de perguntar, Onde é que vocês querem ir com semelhante tempo. Sabemos que não era esta a pergunta que o maníaco dos barritos lhes fazia neste momento e sabemos a resposta que lhe estavam a dar. Também não sabemos se algumas destas coisas estão relacionadas umas com as outras, e quais, e como. O certo é que o sol, como uma imensa vassoura luminosa, rompeu de repente o nevoeiro e empurrou-o para longe. A paisagem fez-se visível no que sempre havia sido, pedras, árvores, barrancos, montanhas. Os três homens já não estão aqui. O cornaca abre a boca para falar, mas torna a fechá-la. O maníaco dos barritos começou a perder consistência e volume, a encolher-se, tornou-se meio redondo, transparente como uma bola de sabão, se é que os péssimos sabões que se fabricam neste tempo são capazes de formar aquele maravilhas cristalinas que alguém teve o génio de inventar, e de repente desapareceu da vista. Fez plof e sumiu-se. Há onomatopeias providenciais. Imagine-se que tínhamos de descrever o processo de sumição do sujeito com todos os pormenores. Seriam precisas, pelo menos, dez páginas. Plof.

 

Fundação José Saramago © 2008



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Segunda-feira, 18 de Agosto de 2008
Kafka

in Público do dia 17/08/2008

 

As revistas pornográficas de Franz Kafka saíram do armário onde ele as fechava

17.08.2008, Inês Nadais

Excavating Kafka, a nova biografia, é o elefante na loja de porcelanas dos estudos kafkianos

Imaginávamos Kafka fechado em casa, sim (como Gregor Samsa, o rapaz-insecto de A Metamorfose), mas não imaginávamos que, se pudéssemos espreitar pela fechadura, íamos apanhá-lo de calças na mão, a devorar as revistas pornográficas que assinava a meias com o amigo Max Brod (há uma carta em que lhe pergunta: "A Amethyst nunca mais chega? Já tenho o dinheiro") e que guardava num cofre secreto da estante de casa dos pais. James Hawes, um romancista britânico que passou anos a estudar os diários de Franz Kafka, espreitou pelo buraco da fechadura e agora conta o que viu em Excavating Kafka, uma nova biografia do autor checo que está a pôr a intelligentsia dos estudos kafkianos à beira de um ataque de nervos.


Excavating Kafka chegou às livrarias na quinta-feira com esta missão: demonstrar que todo o edifício dos estudos kafkianos (uma espécie de polvo: tirando Shakespeare, sublinha James Hawes, "não há nenhum escritor que tenha dado tantas teses de doutoramento, tantas biografias, tantos álbuns de capa dura") foi construído em cima das premissas erradas. O homem que encontramos em Excavating Kafka não é o zombie urbano-depressivo neurótico e acossado do costume: é um rapaz do tempo dele, com um belo salário de funcionário público, um pai normal e, cereja em cima do bolo, uma colecção de revistas pornográficas que os académicos, acusa James Hawes, passaram este tempo todo a fingir que não existia.


"Toda a indústria que se alimenta de Kafka prefere que não se saibam coisas deste género sobre o seu ídolo. Talvez os biógrafos não gostem da ideia de Kafka ter recorrido a este tipo de materiais no início da carreira. Todos os postais que ele mandou, todas as páginas de diário que ele escreveu, todos os relatórios que ele preencheu são vistos como uma espécie de Arca de Noé. Mas nunca ninguém quis saber da pornografia. Há uma conspiração para censurar este assunto", diz o autor de Excavating Kafka que (o diabo está nos detalhes) também é professor de escrita criativa e autor de romances humorísticos. Também ninguém quer saber da pornografia agora: o meio académico (e sobretudo o meio académico alemão, tradicionalmente mais empenhado na descodificação da obra de Kafka) olha para a nova biografia, olha para o autor da nova biografia e responde, encolhendo os ombros: escrita criativa.


Embora os achados de Hawes não estejam a ser levados a sério - nas "revistas pornográficas" que Kafka coleccionava, a Amethyst e a Opale, havia desenhos de uma mulher com corpo de ouriço-cacheiro a fazer sexo oral e de um golem [uma figura do folclore judaico] a apalpar o peito de uma rapariga, mas também havia poemas de Paul Verlaine e trabalhos do artista belga Félicien Rops, coisas suficientemente iconoclastas mas talvez não ao ponto de poderem ser consideradas hard-core - o debate está instalado nos jornais alemães.


"Hawes deixou-nos espreitar pelo buraco da fechadura e viu Kafka com as calças na mão. Mas chamar pornografia hard-core às revistas ilustradas que ele assinava é como comparar um poema de Heinrich Heine a um slogan publicitário da McDonald's", escreveu a investigadora americana em estudos kafkianos Anjana Shrivastana no Der Spiegel. "James Hawes é um idiota que não sabe nada acerca de Kafka mas escreve sobre ele como se soubesse", comentou Klaus Wagenbach, o biógrafo "oficial" de Kafka (foi um livro dele, publicado em 1958, o primeiro a divulgar a carta em que Kafka perguntava a Max Brod pelas revistas), ao Frankfurter Allgemeine.


O teor das imagens que Hawes encontrou na British Library, em Londres, e na Bodleian, em Oxford, é o tema mais fracturante do debate (Rainer Stach, outro biógrafo de Kafka, já veio frisar que as tais "imagens pornográficas" são "caricaturas, desenhos humorísticos" e que o barulho à volta do lançamento de Excavating Kafka é "uma inacreditável campanha de marketing"), mas há outros capítulos em que a nova biografia não coincide com o retrato oficial do artista quando jovem. Hawes contradiz as teses de que Kafka era oprimido pelo pai ("Deixou-o estudar o que queria, entrar e sair da casa quando queria e viver sem pagar aluguer durante anos, quando para todos os efeitos Kafka ganhava bem") e de que vivia obcecado pela sua condição judaica ("Kafka estava perfeitamente integrado na cultura alemã"). Não, ele não passava a vida fechado em casa: frequentava os bordéis e os clubes nocturnos, como qualquer rapaz com dinheiro da idade dele. Ignorar isto, argumenta Hawes, é ignorar Kafka: "É preciso deixar de olhar para o mito e olhar para o que Kafka realmente escreveu".


Quando a poeira assentar em cima da nova biografia de Kafka, talvez possamos olhar para o que Kafka realmente escreveu e encontrar coisas que até aqui não estavam lá. "Existe o mito de que Kafka era uma espécie de santo. É saudável reunir provas de que ele era um ser humano", disse ao The Times Ritchie Robertson, autor de Kafka: A Very Short Introduction. Vale a pena abrir o armário e tirar de lá a pornografia? Pode ter a sua utilidade, acrescenta: "Kafka tinha uma imaginação visual fortíssima e a importância que as artes visuais tinham para ele ainda não foi suficientemente explorada".



publicado por blogoval às 22:07
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Aberrações olimpicas Portuguesas

Não necessáriamente com estas palavras, mas com este conteudo...

 

- não sou feita para estas competições;

- a esta hora só na caminha;

- perdi, a culpa foi do árbitro e elas juntaram-se todas contra mim;

- bloqueei ao ver o estádio cheio;

 

 

...... haja empenho....

 

 

 

 



publicado por blogoval às 21:59
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Vanessa Fernandes

Uma nação a seus pés.

Um titulo de Prata medalhado de sangue, suor e lágrimas.

Uma vez a bandeira sobe ao mastro...



publicado por blogoval às 21:55
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Sexta-feira, 15 de Agosto de 2008
Espirito Luso nos Jogos Olimpicos (1)

Presidente do COI nacional, Vicente Moura, alerta para os restantes atletas a entrar em prova, que é necessário uma atutide de maior esforço.

Sr. Presidente... já não vai lá....



publicado por blogoval às 22:30
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Espirito Luso nos Jogos Olimpicos

Marcos Fortes, lançador do peso, retratou de forma inteligente o espirito com que Portugal encara estes eventos...... «de manhã só na caminha....».

Pois bem.

Enquanto existem atletas, durante anos e anos a lutar por melhores marcas, os nossos estão muito condicionados por pequenas coisas, como o vento, a água fria etc...



publicado por blogoval às 22:26
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Guerra na Europa

A Rússia invade a Geórgia, sob o designio da defesa das provincias independentistas da Abcássia e de Ossétia do Sul.

Existem interesses russos e europeus na zona, no que se refere ao transporte de crude, entre outros aspectos.

Existe uma clara intromissão dos EUA, no envio de armamento para a Geórgia.

Existem muitas tensões, decididamente, o caucaso não é um bom local para se viver.



publicado por blogoval às 18:20
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Jogos Olimpicos 2008 de Phelps

Podem dizer que são de Pequim, ou da China.

O que é certo, é o espirito olimpico está presente num homem.

Traçou uma meta, pouco humana, e em 8 medalhas de ouro a que concorre, já tem 6.

 

Imagine-se o que seria, se um país como Portugal, tivesse já conquistado 6 medalhas de ouro.

Mas não. Foi um homem.

Marca Phelps.

 



publicado por blogoval às 18:16
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Quinta-feira, 14 de Agosto de 2008
Jogos Olimpicos

Ao fim de uma semana, e para prévio balanço, o designio nacional cumpre-se.

0 (zero) medalhas.

Alguns, poucos recordes nacionais.

Muitas promessas e ilusões.

Pouco trabalho.

Para além de não haver uma equipa nacional, numa prova colectiva, o país dos futebois, não irá alcançar a sorte.

Poderá, nas provas de atletismo, acontecer alguma coisa boa, mas o geral, o retrato do país é mesmo o ZERO...



publicado por blogoval às 16:49
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Sexta-feira, 8 de Agosto de 2008
Assalto BES Campolide

2 brasileiros, assaltam uma pequena agência bancária. Fazem primeiro 6 reféns e depois deixam sair 4.

Acontecem negociações, cerco apertado pela policia, passam-se horas.

Os assaltantes aparecem à porta do banco, com a ameaça de execução dos 2 restantes reféns.

Na mira de um snipper, um deles é abatido. O outro recolhe-se na agência, dispara um tiro.

Em fracções de segundos vários agentes entram em ataque e disparam sobre a cabeça do sequestrador.

Foi um óptimo exemplo, ao vivo nas televisões, para se perceber a capacidade e a operacionalidade das forças de intervenção em caso de ocorrências graves.

Foi ainda, um melhor exemplo, sobre o que espera quem tenta a sorte.

Ou o país toma rumo, ou isto vira um quintal de agressões gratuitas.

Arrepiante aqui



publicado por blogoval às 19:20
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Jogos Olimpicos 2008 (1)

Enquanto corre a belissíma cerimónia de abertura, e desfilam os países com os seus porta-estandartes, sabe-se que Portugal não estará representado ao mais alto nivel.

Nem Socrates nem Cavaco. Por motivos de agenda.

Nos sites, da Presidência e do portal do Governo, não se percebe nesta altura do ano, uma agenda sobre-carregada.

Mas já lá vi, Putin, Sarkosy, Bush, Principe de Espanha e aqueles muitos outros que paises de que pouco se fala.

Por isso uns estão e os outros, estão sempre... na cauda...



publicado por blogoval às 15:31
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