A Incerteza do movimento de uma bola Oval
"¿Qué clase de mundo es éste que puede mandar máquinas a Marte y no hace nada para detener el asesinato de un ser humano?" José Saramago
Terça-feira, 7 de Setembro de 2010
Outros Cadernos de Saramago «Três portas principais»
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Três portas principais
Por Fundação José Saramago
Ler e imaginar são duas das três portas principais — a curiosidade é a terceira — por onde se acede ao conhecimento das coisas. Sem antes ter aberto de par em par as portas da imaginação, da curiosidade e da leitura — não esqueçamos que quem diz leitura diz estudo—, não se vai muito longe na compreensão do mundo e de si mesmo.
“El concepto de utopía ha hecho más daño que bien”, La Prensa Gráfica, San Salvador, 1 de Junho de 2005
Outros Cadernos de Saramago «A humanidade esqueceu-se de "ser"
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A humanidade esqueceu-se de “ser”
Por Fundação José Saramago
Muita gente me diz que sou pessimista; mas não é verdade, é o mundo que é péssimo. O ser humano limita-se na actualidade a “ter” coisas, mas a humanidade esqueceu-se de “ser”. Este último dá muito trabalho: pensar, duvidar, perguntar-se sobre si mesmo…
“No soy pesimista, es el mundo el que es pésimo”, El Diario Montañés, Santander, 11 de Julho de 2006
Sexta-feira, 3 de Setembro de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «A coisificação do homem»
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A coisificação do homem
Por Fundação José Saramago
Um dos assuntos essenciais em toda a literatura não superficial é o da coisificação do homem, que alcança a sua perversidade máxima na exploração de uma classe social por outra, uma exploração que é superável pelo facto de que o homem possui uma capacidade revolucionária tanto para mudar a realidade como para transformar-se a ele mesmo.
“José Saramago: ‘Hay que construir una iberidad cultural común”, Diario de Córdoba, Córdoba, 27 de Outubro de 1994
Quinta-feira, 2 de Setembro de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «Uma espécie de alarme»
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Uma espécie de alarme
Por Fundação José Saramago
Eu acredito que dentro de nós há um espesso sistema de passagens e portas fechadas. Nós mesmos não abrimos as portas, porque suspeitamos que o que há do outro lado não será agradável de ver […] Vivemos numa espécie de alarme em relação a nós mesmos, que é o de, quem sabe, não querermos saber quem somos na realidade.
“Saramago: ‘Si España va bien, es una excepción, porque el mundo no va bien”, La Provincia, Las Palmas de Gran Canaria, 15 de Abril de 1998
Quarta-feira, 1 de Setembro de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «Ter e ter mais»
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Ter e ter mais
Por Fundação José Saramago
Triunfar significa ter e ter mais, deixando algo que foi importante, isso a que chamamos ser mais conscientes, mais solidários, mais unidos aos sentimentos.
“José Saramago: ‘El hombre actual se dedica sobre todo a hacer zaping”, La Gaceta de Canarias, Las Palmas de Gran Canaria, 7 de Junho de 1998
Terça-feira, 31 de Agosto de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «Feras contra feras»
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Feras contra feras
Por Fundação José Saramago
Falo de uma mudança que levasse as pessoas a pensar que isto não é bastante para viver como ser humano. Não pode ser. Se nós nos convertemos em pessoas que só se interessam pelos seus próprios interesses, vamos converter-nos em feras contra feras. E aliás é isto o que está a acontecer.
“A literatura não muda o mundo”, O Globo, Rio de Janeiro, 14 de Agosto de 1999
Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010
Outros Cadernos de Saramago «Apenas uma minoria»
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Apenas uma minoria
Por Fundação José Saramago
Deveríamos pensar que cada conquista do progresso não pode ir contra as vidas humanas. Não há muitos anos falava-se do progresso científico e moral. Dizia-se que havia que desenvolver um sem deixar o outro para trás. Não sei muito bem o que se entende por progresso moral. Mas se lhe chamássemos respeito humano, talvez pudéssemos resolver o problema que o progresso científico nos coloca. O progresso beneficia apenas uma minoria.
“Escritores ante el III milenio (I)”. José Saramago: ‘El progreso beneficiará sólo a una minoría”, El Mundo, Madrid, 3 de Janeiro de 2000
Sábado, 28 de Agosto de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «Uma hipótese de humanidade»
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Uma hipótese de humanidade
Por Fundação José Saramago
Talvez a história do homem seja um enorme movimento que nos leve à humanização. Talvez não sejamos mais que uma hipótese de humanidade e talvez se possa chegar a um dia, e esta é a utopia máxima, em que o ser humano respeite o ser humano. Para chegar a isso se escreveu o Ensaio sobre a Cegueira, para perguntar a mim mesmo e aos leitores se podemos continuar a viver como estamos vivendo e se não há uma forma mais humana de viver que não seja a da crueldade, da tortura e da humilhação, que são o pão desgraçado de cada dia.
“Escribí para saber si hay una forma más humana de vivir que no sea la crueldad”, La Voz de Lanzarote, Lanzarote, 25 de Junho de 1996
Sábado, 21 de Agosto de 2010
Outros Cadernos de Saramago «Histórias e revoluções
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História e revoluções
Por Fundação José Saramago
Nem a história chegou ao fim, nem acabaram as revoluções. O meu optimismo contenta-se com estas certezas. O resto são dúvidas. Como? Quando? Onde? Isso não o sei, mas sucederá.
“Soy un grito de dolor e indignación”, ABC (Suplemento El Semanal), Madrid, 7-13 de Janeiro de 2001
Outros Cadernos de Saramago «Deveres Humanos»
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Deveres Humanos
Por Fundação José Saramago
Depois de milénios de civilizações e culturas, os deveres humanos encontram-se inscritos nas consciências, inclusivamente quando aparentamos ignorá-los ou desprezá-los. Não há que escrever uma Carta dos Deveres Humanos, há que apelar às consciências livres para que a manifestem e a assumam.
“Soy un grito de dolor e indignación”, ABC (Suplemento El Semanal), Madrid, 7-13 de Janeiro de 2001
Quarta-feira, 18 de Agosto de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «A batalha que vale a pena»
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A batalha que vale a pena
Por Fundação José Saramago
Os direitos humanos… quantos se cumprem?, por que não se cumprem?, de quem é a responsabilidade pelo seu não cumprimento? A batalha que vale a pena no século que entra é a batalha pelos direitos humanos, e a tendência é para perdê-la se não reagimos a tempo […] Há uma incompatibilidade radical entre globalização económica e direitos humanos.
“Saramago e a luta pelos direitos humanos”, Revista In Formación, Madrid, nº 8, Julho de 2000
Outros Cadernos de Saramago - «Progresso tecnológico e progresso moral»
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Progresso tecnológico e progresso moral
Por Fundação José Saramago
Há um problema ético grave que não parece estar a caminho de ser resolvido: Depois da segunda Guerra Mundial discutia-se na Europa sobre progresso tecnológico e progresso moral, se podiam avançar a par um do outro. Não foi assim, pelo contrário, o progresso tecnológico disparou a alturas inconcebíveis e o chamado progresso moral deixou de ser, pura e simplesmente, progresso e entrou em regressão.
11 de Outubro de 2008, Expresso (Portugal)
Segunda-feira, 16 de Agosto de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «Insurreição ética (2)»
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Insurreição ética (2)
Por Fundação José Saramago
O mundo necessita de uma forma distinta de entender as relações humanas e a isso é que chamo insurreição ética. Cada um tem que pensar: Que estou a fazer neste mundo? A ideia de respeito pelo outro como parte da própria consciência poderia mudar algo no mundo.
“Antes el burócrata típico era un pobre diablo, hoy registra todo”, La Nación, Buenos Aires, 13 de Dezembro de 2000
Sexta-feira, 13 de Agosto de 2010
Outros Cadernos de Saramago - «Insurreição ética»
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Insurreição ética
Por Fundação José Saramago
Eu creio que estamos necessitados, efectivamente, de uma insurreição […] Sim, uma insurreição, uma insurreição ética, mas não no sentido corrente, moralizador, porque no fundo seria ir pelo mesmo caminho. Eu diria, antes, uma ética da responsabilidade.
“Saramago entre nosotros”, Magna Terra, Guatemala, nº 8, Março-Abril de 2001
Outros Cadernos de Saramago - «Não foi a economia»
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Não foi a economia
Por Fundação José Saramago
Não foi a economia portuguesa ao longo dos séculos que mentalmente fez de mim o que sou; foi essa ideia de Deus, de um Deus particular que criou a Terra e os céus, o ser humano, Adão e Eva, depois Jesus, a Igreja, os anjos, os santos e depois a Inquisição.
Juan Arias, José Saramago: O amor possível, Barcelona, Planeta, 1998