A Incerteza do movimento de uma bola Oval
"¿Qué clase de mundo es éste que puede mandar máquinas a Marte y no hace nada para detener el asesinato de un ser humano?" José Saramago
Segunda-feira, 12 de Julho de 2010
Perguntem ao Queiroz...
... e os heróis vão sendo chamados aos seus postos...
... aqui o link para o video dos jogadores no regresso a Espanha...
... apetece mandar perguntar a Carlos Queiroz... Porque não lutámos???
Domingo, 11 de Julho de 2010
ESPANHA CAMPEÃ MUNDIAL
a vitória da raça, da força, do futebol de ataque...
Campeã da Europa 2008
Campeão do Mundo 2010
Final »Espanha - Holanda«
Se no Olimpo existissem os ditos «deuses»... a esta hora estariam a compor os dados da fortuna...
Mais logo, os maiores dos mariores serão triunfadores, foram os que ouviram o «chamamento»...
A hora está cada vez mais proxima...
Quinta-feira, 8 de Julho de 2010
Espanha - Alemanha... contra todas as previsões...
Contra todas as previsões, menos a do polvo (onde é que chegam as crendices), a Espanha jogou melhor, com mais bola, com mais meio campo, com mais passes, com mais ataque e intenção de atacar, com poucas faltas, com jogadores esclarecidos.
A Alemanha entrou em jogo tal qual Portugal fêz. A medo, com pouco musculo, com pouco passe, na expectativa do tempo que passava.
O golo teria que acontecer a qualquer momento, e à partida podia até a espaços adivinhar um contra-ataque fulminante dos germânicos.
Puyol, dotado de uma força transcente, mais uma vez empurrou a bola para a frente, empurrou a defesa para o meio campo contrário e fulminou os alemães com aquele golo de antologia. O defesa que vem de trás e cabeceia para golo, ludibriando as marcações e as cautelas defensivas.
Esta Espanha, campeã da Europa, n.º 2 das estatísticas, vai jogar o jogo do tira teimas.
Haverá mais Holanda de Sneider e Robben ou mais Espanha de Pedro, Villa, Puyol e afins.
Quarta-feira, 7 de Julho de 2010
Notas do Mundial... uma final quase prevista...
Mundial de Futebol 1972
Melhores momentos do Holanda 1 - RFA 2
Sábado, 3 de Julho de 2010
A questão dos próximos dias...
Sexta-feira, 2 de Julho de 2010
Noticias do Mundial... da terra até ao céu e de volta à terra....
O futebol na sua essência transmite emoções que poucas outras modalidades conseguem transmitir.
Quartos de Final da mais importante prova da modalidade. As equipas estão à beira do sonho e a meio caminho do pesadelo... muitas morrerão na praia, caídas na sua frustação.
O Gana seria a primeira equipa africana a chegar tão longe. Nenhuma outra esteve à beira da glória.
Depois de terem estado em vantagem e permitir na 2.ª parte que o Uruguai tivesse empatado, enfrentaram com força e dignidade o prolongamento. Ao minuto 119, após uma jogada de ataque e de persistência, na boca da baliza o golo foi evitado pelas mãos de Suarez.
O céu caiu em cima da selecção do Uruguai. Perspectivava-se que com este penalty o Gana seguisse em frente e assim evitava a lotaria das penalidades.
Suarez sai expulso e cruxificado.
O Uruguai está a beira de arrumar as malas e mortos antes de chegarem à praia da vitória, vendo escapar a miragem das meias finais.
Marcação do penalty... uns e outros... todos pendentes de um momento...
As imagens mostram Suarez sozinho à boca do túnel... Acusado e apontado...
O Gana falha o penalty... bola na trave...
Minuto 120... Olegário Benquerença apita o fim do prolongamento... penalidades...
Suarez o acusado... sobe num segundo aos céus... salvador da pátria do futebol uruguaio...
Da terra ao céu e outros que do céu, aterram estatelados no relvado...
O infractor foi beneficiado...
Uruguai bate todos os próximos penalties com força anímica de quem foi ressuscitado.
O Gana... acabados de aterrar... são derrotados
O futebol é isto mesmo... glória aos vencedores e a honra dos vencidos...
Noticias do Mundial...
A Nigéria suspende o futebol nas competições internaciinais, a França despediu vários dirigentes, a Inglaterra puxou as orelhas a Fabio Capello, em Portugal... por agora está tudo bem... ainda não rolaram cabeças...
Holanda 2 - Brail 1.... mais laranjada que samba...
E segue a Holanda para as meias-finais do Campeonato do Mundo de 2010.
Perante o Brasil, altivo e desnorteado, mesmo entrando com todo o poder de ataque, facilmente a Holanda deu a volta ao marcador, empatando a partida, e marcando o segundo golo depois de existir uma expulsão do lado brasileiro.
Via A Bola ... fica para a História.
Sob arbitragem de Yuichi Nishimura (Japão), as equipas alinham:
HOLANDA: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; Van Bommel e De Jong; Robben, Sneijder e Kuyt; Van Persie (Huntelaar, 85)
BRASIL: Júlio Cesar; Maicon, Lucio, Juan e Michel Bastos (Gilberto, 62); Daniel Alves, Felipe Melo, Gilberto Silva; Kaká; Luís Fabiano (Nilmar, 77) e Robinho
Disciplina: Cartão amarelo para Heitinga (14), Michel Bastos (37), Van der Wiel (47) e Ooijer (76). Cartão vermelho directo para Felipe Melo (73)
Ao intervalo: 0-1
Resultado final: 2-1
Marcadores: 0-1, Robinho (10); 1-1, Felipe Melo (53 p.b.); 2-1, Sneijder (68
Quinta-feira, 1 de Julho de 2010
Luis Freitas Lobo - «Espanha - Portugal, trocado por miudos»
Copiado e Colado daqui...
(análise do jogo Espanha - Portugal, por Luis Freitas Lobo)
O sonho não comanda a vida
A selecção numa “teia de aranha”. A táctica falhada e os egos que superam a equipa. Ao quarto jogo, o choque com a realidade. Ponto final.
Nas palavras mais poéticas, a importância do sonho é quase a bússola do longo caminho. Na vida, porém, o seu comando tem contornos mais frios. Menos poéticos. Quem a comanda não é o sonho, é a…realidade! E, o futebol, também faz parte da vida. Por mais que se sonhe antes (de forma legítima) quem comanda (e decide) depois o seu destino é a realidade. E, neste caso, a realidade falou, como sempre, de forma clara: a selecção de Portugal bateu, naturalmente, no muro dos oitavos de final contra uma selecção espanhola muito mais forte, a todos os níveis.
No final, a ideia que fica é que Portugal fez um Mundial…normal. Há razões para sentir-mos desiludidos. Não há razões para nos sentirmos frustrados. Podíamos ter jogado mais frente à Espanha? Sem dúvida, muito mais. Podíamos sobretudo ter…perdido de forma diferente. Ou seja, tentando ganhar. Após o jogo, foi essa sensação de impotência de levar o sonho para o campo da realidade que mais perturbo ao ver que todo o jogo que apenas logo aos quatro minutos já tinha duas grandes defesas de Eduardo para os registos. Imponente, o guarda-redes português foi a figura de uma selecção que viveu presa às suas limitações (tácticas e humanas). Ambas caminham lado a lado, sobretudo num estágio longo onde desde cedo se percebeu que a teia de relações entre corpo técnico (seleccionador no primeiro lugar) e alguns grupos de jogadores, não era, longe disso, a ideal. Ao ponto de o jogador que, antes do mundial todos dizíamos que era insubstituível e o mais importante no nosso jogo, ter acabado o Mundial, antes do jogo mais decisivo, sem sequer contar para o onze. Deco, claro. Não e normal. Não acredito, neste caso, em critério meramente técnicos, independentemente da solução Tiago-Meireles ter sido a ideal para fazer o colectivo crescer.
Em muitos momentos (desde o caso Nani, as declarações de Deco, os desabafos de Ronaldo e Hugo Almeida) falhou, sobretudo, uma estratégia de comunicação para fora. Por dentro, é outra questão e cruza questões de liderança mais amplas. São essas que, nesta fase, mais podem turvar o futuro de Queiroz na selecção, um autêntico “ninho de egos” em que muitos jogadores se acham acima da equipa. Mesmo nesse contexto, levo a frase de Ronaldo “perguntem ao Queiroz” como um desabafo sem pensar de quem é antes de tudo uma personagem festiva que coexiste num corpo de um jogador de futebol. Não uma acção pensada.
No jogo em si, erros de conceito que nos limitaram a sua abordagem. Contra um meio-campo espanhol de baixinhos (1,70m. de Xavi, Iniesta, Villa) Queiroz resolveu combate-los com um gigante, tentando ganhar na altura (Pepe, 1, 80.) Não faz sentido. O jogo não pedia dimensão física. Pedia dimensão técnica. Segurar a bola, serenar jogo, olhar e passar com qualidade. Ou seja, naquela posição específica à frente da defesa, pedia um pivot construtivo como Pedro Mendes em vez de um trinco destrutivo como Pepe. Com esta alteração, o plano de saída de bola português ficou logo condicionado (Tiago e Meireles desapareceram ofensivamente do jogo) e a Espanha passou a ter o que mais queria para jogar bem: a posse de bola e Portugal encostado à sua área.
E, assim, o jogo viveu 90 minutos, num relvado friamente real. Na táctica e nas emoções. Até acabar respeitando a sua lógica mais básica. Ganhou o melhor. Na teoria e, depois, na…prática. Estes não são tempos fáceis para sonhar. Sobretudo quando os sonhos têm pés de barro tão frágeis.
A estrutura e a conjuntura
O jogo, 90 minutos, uma substituição que não corre bem. Isto é, uma situação conjuntural. Um projecto, vários anos, uma filosofia de construção para o edifício global do futebol português. Isto é, uma situação estrutural. É este ponto que, neste momento, importa reter ao avaliar Queiroz. A diferença entre o que é conjuntural (erros e acertos) e o que é estrutural (ideias e valores). Analisar o seleccionador nacional (o seu futuro) nunca poderá ser, numa perspectiva global, ditado por uma mera visão conjuntural. Seja ele qual for. Por isso, pode parecer estranho à primeira vista alguém criticar as opções técnicas de Queiroz e, ao mesmo tempo, defender que ele deve continuar a ser o seleccionador nacional nas próximos dois anos (atempo que resta de duração do contracto). Falo aqui numa perspectiva de continuidade de uma política de continuidade de renovação de todo o nosso futebol, desde as bases da formação, passando por todas as suas selecções jovens até à principal, na qual urge criar novas referências de jogadores de qualidade capazes de manter a nível alto o nossa qualidade de jogo. Tudo isto é estrutural e, para isso, Queiroz tem um plano (mais ninguém o fez até agora) na federação com esse pensamento global do futuro do futebol português.
Não consigo entender como essa ideia tão abrangente (estrutural) pode ser condicionada por uma decisão de uma substituição mal feita (conjuntural). Dirão que tudo aquilo é mais trabalho para um director-técnico do que para um treinador de campo. Até pode ser. Mas essa é outra discussão.
O “plano de jogo” e o “jogo real”
Queiroz é um treinador que dá muita importância ao estudo do adversário antes do jogo. Com essa base, monta a estratégia para o combater e ganhar. Monta o chamado “plano de jogo”. Tudo normal até aqui. Só que depois, vem o jogo real. Na relva, jogadores a correr, bola a saltar. E, muitas vezes, os dois factores (o jogo imaginado no plano e o real desenvolvido na relva) não são bem a mesma coisa. Nessa altura é decisivo que o treinador nunca deixe que o plano de jogo previamente pensado seja ultrapassado pelo jogo real. Isto é, tem de ter agilidade táctica no banco para ver (e decidir) que é necessário…outro plano. Penso, por isso, que a frase técnica mais infeliz de Queiroz surge quando, no final, disse que “a estratégia passava por cansar os espanhóis e depois lançar um jogador mais rápido e criativo”. Explicou assim a tão criticada substituição de Hugo Almeida por Danny. No plano de jogo prévio, a ideia até podia fazer sentido, no jogo real que se estava a disputar naquele momento (então tacticamente estabilizado e com Portugal ma crescer em posse ofensiva) era imperioso perceber que o plano de jogo prévio já não tinha aplicação. Queiroz, porém, manteve-o e, com isso, fugiu do…jogo real. E perdeu, naturalmente.
Com a Espanha, a partir dai, a controlar a bola, espaços, remate. O jogo, enfim. Ainda faltava muito para jogar, mas poucos de nós (tirando o campo da emoção) acreditavam ser possível dar a volta. Não era, Nessa altura já andávamos em campo com o plano (mapa) de jogo, que já começara pela troca de Pedro Mendes por Pepe (em vez de jogar, pressionar) totalmente equivocado.
Notas do Mundial - Rescaldo
A caça às bruxas está a começar...
Via Expresso: Diário espanhol "Marca" avança que
Federação poderá já ter entrado em contacto com
Luis Aragonés para suceder a
Carlos Queiroz no comando técnico da
seleção nacional até ao
Euro 2012.
Quarta-feira, 30 de Junho de 2010
Notas do Mundial
Espanha 1 - Portugal 0
Ficámos com a glória de ter passado a fase de grupos.
De termos empatado com a Costa do Marfim, nosso adversário directo. Ganho à Coreia do Norte por uns expressivos 7 a 0, e empatado com o n.º 1 mundial.
Nos oitavos, perdemos com o campeão europeu e n.º 2 do ranking.
Fizemos as malas e regressamos à pátria.
Isto são as desculpas do costume.
A outra face é a incapacidade de Carlos Queiroz, colocar uma equipa de jogadores valiosos e com estatuto de estrelas a morderem os calcanhares uns dos outros como medo de marcar golos, jogar à bola, circular ... etc.
Existem 4 momentos ou casos nesta selecção. O de Nani, o de Deco e a explosão de Ronaldo e a gestão do seleccionador.
Nani foi «empacotado» à pressa para casa. Lesão ou Doping??
Deco foi castigado. De castigo mas caladinho.
Ronaldo, viu um campeonato do mundo a passar-lhe ao lado porque o seleccionador não teve a ousadia necessária para ser umas das 4 melhores equipas.
Por fim, a gestão da equipa, os medos, as trancas colocadas na equipa, a forma defensiva como jogaram...
Isto tudo ainda avai dar água pela barba.
Segunda-feira, 28 de Junho de 2010
Notas do Mundial
Domingo, 27 de Junho de 2010
Notas do Mundial
Inglaterra 1 - Alemanha 4
Gary Lineker disse um dia que o «futebol são 11 contra 11 e no final ganha a Alemanah».
Hoje, um golo mal anulado, daria hipótese à Inglaterra igualar o resultado perto do intervalo, com um 2 a 2.
No final ganhou a Alemanha.
Sábado, 26 de Junho de 2010
Portugal - Espanha e o paradigma da «Jangada de Pedra»
Depois de ser jogado o Portugal - Brasil, eis que a história do futebol junta as 2 selecções Ibéricas. Uma região à deriva que se desagrega do continente europeu, desce em direcção às nossas passadas raízes, percorrendo mar dentro pelo oceano Atlântico...